Para o nosso dicionário Aurélio, a Arte é a Atividade que supõe a criação, ou seja, a realidade.
Já para o imortal Aristóteles a Arte é a imitação da realidade através de uma purificação das emoções. Entretanto, para que isso possa ocorrer, deve-se infringir a realidade, o que é feito através da substituição da verdade pela verossimilhança.
Na verdade Aristóteles estava mais que correto, porque nos tempos atuais a Cultura está sendo a principal vítima das mudanças da industrialização e se transformando em algo que agora podemos definir como Kitsch.
A Indústria Cultural apela para a compra frequente e contínua dos produtos e para isso, incentiva o gosto pelo último modelo, as novidades, a originalidade. Foi a partir deste momento que o Kitsch passou a fazer parte e sentido no cotidiano das pessoas.
Definido pelo " mau gosto", imitação, artificial, o Kitsch está presente nos atos e atitudes de todas as pessoas: as pertencentes 'as grandes massas e até mesmo 'as elites sociais.
Para a massa, ele produz o bem estar e o prazer fácil. Um exemplo é a reprodução do original, como vestuário e objetos pessoais de marca.
O conceito de Kitsch é bem mais amplo do que se pensa, visto a alternativa das pessoas em obterem o que desejam e suprir a uma necessidade momentânea, ou um desejo de status.
O avanço e o crescimento da comunicação e tecnologia estão colaborando ainda mais para a efetivação do conceito de Kitsch. A televisão é um dos meios de comunicação que contribui para a massificação da cultura, com as criações de personagens nas telenovelas , comerciais e merchandising que induzem os telespectadores a consumirem o mesmo que se vê na TV.
A diferença de classe social é muito grande, mas o estilo de vida se aproxima. Enquanto alguns possuem um relógio Rolex, a grande massa se quiser pode ter um relógio igual a um valor muito mais baixo (imitação).
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