segunda-feira, 29 de junho de 2009

POP ART NA MODA

A maioria das influências para este verão vem da arte Pop. A arte Pop surgiu nos Estados Unidos nos anos 1960 como expressão artística de enorme repercussão internacional, deslocando o eixo da cultura moderna de Paris para Nova York.

A proposta deste movimento era registrar com ironia a visão do dia-a-dia das cidades americanas e da sociedade de consumo, tentando romper as barreiras entre a arte e a vida comum, como o retrato de uma geração que aceitava o processo de produção em massa.

Os ídolos e produtos disputados pelos consumidores passaram a inspirar o processo artístico, ao contrário de outros movimentos que retratavam paisagens ou figuras humanas.

Entre os principais artistas plásticos que ainda hoje influenciam a moda com esse tipo de arte estão Roy Liechtenstein e suas pinturas estilizadas de histórias em quadrinhos, Andy Warhol, que via arte nos produtos de consumo em massa, Jasper Johns e suas bandeiras americanas, Jackson Pollock e seus respingos de tinta e Robert Indiana e a série “Love”.

Minimalismo e atitude masculina fecham o primeiro dia de Fashion Rio

Foto: Isac Luz
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Com certeza não vamos começar o inverno 2009 com babadinhos, florzinhas e rendinhas.
As coleções do primeiro dia do evento de moda carioca revelaram um friozinho com cara inglesa, toques irreverentes na forma arquitetônica da roupa e muito preto.
Algumas dessas tendências já podem ser apontadas como as principais coisas que vamos encontrar nas vitrines do nosso inverno 2009.
O estilista Walter Rodrigues mostra uma passarela misteriosa e o carioca Luciano Canalle se inspira nos volumes pra dar uma ar mais contemporâneo á marca Santa Ephigênia.
Na linha infantil, Lilica Ripillica sugere ares college in London. Traduz o universo inglês em ares leves da literatura infantil. Visto?

Bula Beleza – Minimalismo x retrô

Vale tudo nessa temporada: aposte em lenços, tiaras, ganchos, flores etc
Vale tudo nessa temporada: aposte em lenços, tiaras, ganchos, flores etc

O cabelo é uma parte importante das direções da moda, além de ser um quesito essencial do guarda-roupa de qualquer pessoa. Segundo a cabeleireira Nalva Melo, há uma forte energia entre a moda e o cabelo. Portanto, não hesite em embelezar os seus penteados com acessórios variados. Vale tudo o que estiver à mão: penas, rendas, têxteis ou ganchos. Siga o conselho e não erre nunca: “cabelo com aparência bem cuidada, afagando seu pescoço com uma brilhante-quente-cor e um acessório só para impor sua atitude é tudo!”, garante.

Revire os recantos esquecidos das gavetas, observe as vitrines das lojas e as bancas dos camelôs. O visual descontraído, meio retrô, opõe-se de maneira democrática ao estilo minimalista também proposto na moda. Exagero? Que nada. Dependendo dos adereços escolhidos, você vai ficar super por dentro para o dia a dia ou para as mais especiais das ocasiões.

Minimalismo marca coleção Calvin Klein Watches

domingo, junho 7th, 2009

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Já chegaram ao Brasil os novos modelos da Calvin Klein Watches. Inspirados em pequenos detalhes do cotidiano, os relógios chamam atenção pelo charme do minimalismo e do estilo clean. Alguns deles valorizam formas e lembram linhas arquitetôncas. Também há opções baseadas nas bússolas. São clássicos, elegantes, com toques modernos e resistentes à água até 30 metros.

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Calvin Klein Watches

Balenciaga – Eternamente Moderno2 comentários

Por Fashion Bubbles
Publicado em 11 Jul 2006 at 11:28am

Revista Veja

Copiado por todos, reinventado em cada desfile da marca, o espanhol Balenciaga é homenageado em Paris


Se você não leu as legendas das fotos nestas páginas, faça um teste: tente adivinhar quando as roupas retratadas foram feitas. A pureza das linhas, a audácia dos volumes e o rigor arquitetônico poderiam estar em qualquer passarela de alta-costura dos dias atuais. E, na verdade, estão. A quantidade de estilistas que hoje estão se inspirando, reeditando ou simplesmente copiando os modelos de Cristóbal Balenciaga atesta: no mundo da moda, efêmero pela própria natureza, só os grandes atingem a atemporalidade. Até recentemente, seu nome era reconhecido apenas pelos especialistas ou pelos saudosistas. Embora tenha dividido com Christian Dior o palco dos anos dourados da alta-costura, do pós-guerra ao começo da década de 60, ele aparecia muito menos.

Foi o concorrente famoso, porém, que o chamou de “o mestre de todos nós”. A partir desta quinta-feira, dia 6, essa maestria estará em exposição no Museu da Moda e do Tecido, parte do complexo do Louvre, em Paris. As 160 peças, entre vestidos e imagens, que lá estarão expostas até janeiro do ano que vem compõem o maior painel já reunido do apuradíssimo trabalho de criação, corte e costura de Balenciaga. Corte e costura no sentido literal: ele era exímio – e ambidestro – no manejo das tesouras e das agulhas.

Nascido na pequena cidade basca de Guetaria, filho de pai marinheiro e mãe costureira, Balenciaga já tinha nome firmado na Espanha quando, aos 42 anos, se mudou de mala e manequins para Paris – e marcou para sempre a história da moda. Ex-patrão e mentor de André Courrèges e Emanuel Ungaro, amigo de Hubert de Givenchy, foi celebrado por todos os seus pares como o ápice da perfeição na confecção, na forma e na simplicidade, sua maior aspiração. Balenciaga morreu em 1972 e, como em tantos casos similares, a marca que deixou entrou em decadência acelerada.

Menos conhecida do que grifes como Dior ou Chanel, foi resgatada da irrelevância com a contratação, em 1996, de um jovem de apenas 25 anos, Nicolas Ghesquière. Considerado um dos maiores talentos, talvez até o mais brilhante, da moda atual, ele reconduziu a grife Balenciaga à vitrine das marcas modernas, copiadas e cobiçadas Numa entrevista recente, Ghesquière rememorou o “caminho tão abstrato” que ele e outras estrelas do modernismo, como Helmut Lang, Jil Sander, Yohji Yamamoto e os demais japoneses, trilharam nos anos 90. “Agora vejo que era um conceito totalmente Balenciaga”, acrescentou.




Tal como, para os argentinos, Carlos Gardel canta cada vez melhor, para os admiradores de Balenciaga o costureiro basco fica cada vez mais moderno. Uma doce ironia, levando-se em conta que ele se inspirava em quadros de Velázquez e Zurbarán, tinha no ateliê prateleiras repletas de revistas de moda do século XIX, das quais era capaz de reproduzir modelos linha por linha, e finalmente foi engolido pelas gigantescas transformações sociais desencadeadas em meados dos anos 60.

Hoje praticamente qualquer babado gigante, caimento sinuoso ou bolero ibérico que se vê nas passarelas deve alguma coisa a Balenciaga. Conhecido por ser capaz de disfarçar corpos não tão em forma, ele costumava combinar um forro bem justo ao corpo, como uma segunda pele, com roupas mais soltas, de caimento perfeito.

Excepcional conhecedor do coupe, o corte do tecido, Balenciaga foi ao mesmo tempo criativo e comportado, ousado e elegante, sofisticado e simples. E, claro, carésimo. “Dior vestia as ricas; Balenciaga, as milionárias”, escreveu o historiador inglês Paul Johnson em seu último livro, Os Criadores. “Suas roupas eram, acima de tudo, confortáveis, um fato surpreendente, considerando-se sua grandeza, sua complexidade e a magnificência dos materiais usados.” Em 1967, quando a onda da contracultura varria o planeta, o estilista encerrou seu desfile com um magnífico vestido de noiva composto de uma única costura. Seis meses depois, mais uma coleção, e fim – o mestre, diante de um mundo que não era o seu, fechou o ateliê.

Em menos de cinco anos, estava morto. “De todas as pessoas criativas que encontrei, Balenciaga foi a mais dedicada à criação de coisas belas”, escreve Johnson.

“Balenciaga deu à mulher uma forma mais ousada, mais conceitual”, analisa a estilista Clô Orozco, da Huis Clos, fã do trabalho do costureiro que inventou, entre outras modernidades, o vestido-saco, a saia balonê e o casaco com manga de quimono e que sempre fazia ele mesmo, do começo ao fim, um vestido preto entre os cerca de 200 modelos de cada uma de suas coleções. “Ele inventou o minimalismo na moda, com a idéia de movimento na depuração das formas”, avalia Ghesquière, que terá vinte modelos na exposição que ajudou a montar e na qual Balenciaga brilha no lugar que merece. A palavra final é de Paul Johnson: “É muito pouco provável que os tipos de vestido que Balenciaga criou nas décadas de 1950 e 1960 voltem a ser criados. São, de fato, peças de museu a inspirar as mulheres ou, entre os afortunados descendentes de suas clientes, heranças a ser guardadas como tesouros”.




Mar.
06.

TENDÊNCIA: MINIMALISMO


Essa é quase a ‘mãe’ de todas as outras tendências que a gente viu: tudo simples e bem clean, poucos detalhes e peças sequinhas. Bem anos 90, bem Sharon Stone na capa da Vogue Paris! Looks Tuleh, Gucci, Jil Sander e Bottega Veneta.

* Vale pra todo mundo, mas a gente imagina que as glamourosas e as criativas não vão ter vontade de ficar minimalistas…

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Minimalismo Escultural

Um shape ousado para uma mulher de atitude e poder. A objetividade da arquitetura moderna oferece uma atmosfera urbana, em cinzento escuro e tons profundos. Cores intensas como o vermelho, rosa, violeta ou verde tem um brilho monocromático como as luzes na cidade. Eles definem novos volumes para prestar ritmo gráfico ou acentuar o olhar esportivo. A modernidade decidiu elegantemente pontos claros para o futuro. A moda faz uso de tecnologias actuais para melhorar as funcionalidade têxteis e de encontrar formas estilizadas de expressão anteriormente desconhecidas.

- foco na construção e fabricação das peças
- formas exageradas são esculpidas
- proporções são distorcidas
- silhuetas remodeladas
- geometrismos, ângulos
- futurismo anos 60 (Cardin, Rabane e Courréges)
- gargantilhas, coleiras e braceletes
- tons sóbrios e clássicos

*corresponde a tendência Archi Design jah descrita em outro post.

Será que nosso presidente Lula entrou na onda fashion minimalista ?

Ontem, o nosso presidente Lula apareceu em todos os canais da televisão e em todos os jornais exibindo um traje que podemos legendar como o mais puro estilo fashion minimalista. Terno cinza com camisa social cinza escuro (ou seria preta?) e gravata listrada em branco e cinza (ou seria prata?). Será que existe um personal stylist no Planalto Central???

De Lula para Lula: eu ainda acho que chefes de estado e outras autoridades deste porte deveriam adotar a camisa social branca, impecável, que passa despercebida, ficando o foco no recado que estas autoridades estão dando nos palanques ou frente às câmeras. Para o nosso presidente, fã ardoroso do paletó de 3 botões, eu sugiro o de 2 botões, que dá mais conforto e mobilidade, independente de ser o estilo que está voltando à moda.

Vale lembrar, que o terno cinza, acompanhado de camisa preta ou cinza escuro, complementado por gravatas discretas ou até mesmo pretas, é o uniforme minimalista fashion de galãs de Holywood, como opção moderna ao smoking, na cerimônia de entrega do Oscar.

Você sabe o que é minimalismo na moda masculina ? Um pouquinho de História com H: o estilo minimalista – less is more – para homens, remonta, na realidade, à época da Revolução Francesa, no século XVIII, quando a burguesia desbancou a aristocracia e tomou o poder. As roupas ficaram mais discretas tanto para homens, quanto para as mulheres. Lembram dos excessos de Maria Antonieta e Luis XVI ? Eles acabaram perdendo a cabeça.

Os nobres, para não perderem as suas – literalmente, na guilhotina –, adotaram as roupas dos sans culottes – e passaram a usar calças ainda que temporariamente. O uso oficial das calças, substituindo os culotes só rola mesmo a partir de 1830. Os aristocratas ingleses eram mais cool e dispensavam a esbórnia dos detalhes em materiais ricos que os franceses adoravam. O estilo inglês passou a ser a bola da vez na moda masculina. Essa influência dura até hoje.

Depois, o primeiro dândi Beau Brummell se incumbiu de divulgar a sobriedade minimalista para homens. Brummell, que ao contrário do que muita gente pensa, usava roupas discretas e muito bem feitas nos melhores alfaiates de Saville Row, influenciou e muito a moda masculina, reforçando as bases do terno moderno do executivo, discreto e minimal.

No século XIX, com a Revolução Industrial e o Período Vitoriano, uma sombra austera de cinzas e pretos dominou a moda para homens e mulheres. O burguês rico passou a ser, mais do que nunca, discreto, assim como seus trajes. Um homem próspero era denunciado pelas jóias e vestidos caros de sua mulher, mas nunca pelas roupas que ele usava. Estava assim formatada uma máxima que dura até hoje: isso era “roupa de homem”.

Nos anos 1990, depois das estampas lisérgicas das décadas de 60 e 70 e do exagero yuppie dos anos 80, a moda masculina entra na fase minimalista, como a conhecemos hoje. Destaque para Donna Karan, Calvin Klein, Helmut Lang e os japoneses Rei Kawakubo, para a sua Comme des Garçons, e Yohji Yamamoto.

O minimalismo volta e meia vira tendência de moda masculina, em contraponto ao maximalismo de excessos da moda colorida, de marcas como Etro e Burberry, que, depois do reinado do metrossexual (2002-2005), deram a tônica nas passarelas internacionais e nacionais, mas nem sempre chegaram, de verdade, ao closet do homem contemporâneo.

Infelizmente eu não tenho informações necessárias para responde á pergunta que abre este post. É a primeira vez que eu detecto o nosso presidente com o tal traje minimalista. Prometo: vou ficar de olho.

O Minimalismo

A tendência à arte minimalista desenvolveu-se nos EUA durante os anos 50 e só usava as formas geométricas mais simples. O caráter impessoal desse gênero é visto como reação à emotividade do expressionismo abstrato.

Se o expressionismo abstrato dominava as décadas de 1940 e 1950, o minimalismo era fenômeno dos anos 60. surgiu da arte contida e espartana de expressionistas abstratos como Mark Rothko e Barnett Newman. Conceito amplo, o minimalismo alude ou à redução da variedade visual numa imagem, ou ao nível de esforço artístico necessário para produzir tal redução. A conseqüência é uma forma de arte mais pura e livre de mistura que quaisquer outras, despojada de referências não-essenciais e incontaminada pela subjetividade.

Pode-se dizer que Ad Reinhardt (1913 – 1967) foi o minimalista por excelência. Começou pela all-over painting nos anos 40, mas na década seguinte amadureceu para o que julgou serem suas telas “definitivas”: obras de cores plenas que se atinham severamente ao mínimo. Reinhardt escureceu a paleta e eliminou a tal ponto o contraste entre cores adjacentes que, após 1955, sua arte restringiu-se a sutilíssimas variações de preto intenso e de tons quase pretos. Professor inspirador e teórico franco, acreditava ardorosamente em reduzir a arte à forma mais pura e, por extensão, ao estado espiritual mais puro. Na grande e luminosa extensão de Abstract painting number 5 (Pintura abstrata numero 5), nessa superfície uniforme, intensa e negro-azulada, a mão do artista faz-se propositalmente invisível.

Conseguimos discernir os tênues contornos de uma cruz que surge quase como se Reinhardt não a houvesse pintado. Não é uma cruz cristã; caso se trate mesmo de uma imagem religiosa, ela o será no sentido mais amplo possível, com uma vertical infinita e uma horizontal também infinita – as insondáveis dimensões do espírito humano.

Frank Stella

Frank Stella (1936 - ) tornou-se figura fundamental na arte americana dos anos 60. em 1959, produziu uma série de controvertidas pinturas para a mostra “Dezesseis americanos” do Museum of Modern Art, em Nova York. As obras que expôs eram todas all-over paintings cortadas por tiras de tela intocada, criando padrões geométricos severos. Stella eliminou conscientemente a cor, usando tinta preta e depois cinza-metálica para, assim, reduzir a idéia de ilusão; até mesmo seu procedimento de pintura ficou sistemático e minimalista. A arte de Stella não leva em consideração os limites retangulares das telas tradicionais, fazendo-nos lembrar que, não importa quais conotações suas pinturas possam evocar, elas continuam a ser essencialmente objetos coloridos. Six Mile bottom (O fundo do lago Six Mile), muitas vezes considerada apenas um motivo decorativo, é uma obra muitíssimo bem-sucedida, e poderíamos dizer que ela pressupõe existir uma ordem central nos assuntos terrenos.

A aridez geométrica dessa fase teve bastante influência, mas Stella tornou-se um artista tão vivaz, profuso e desafiante, que ficamos admirados com a nobre pureza de seus primeiros trabalhos. Será que em 1959 a explosiva alegria do pintor ainda não fora descoberta? Ou ela se ocultava na singular rigidez de Six Mile bottom?

Agnes Martin e Dorothea Rockburne

Nunca existirá consenso universal a respeito dos pintores contemporâneos, mas há alguns nomes que tem inequívoca grandeza. Agnes Martin (1912 - ), canadense naturalizada americana, é um desses nomes. Untitled number 3 (Sem título numero 3) é simplesmente um quadrado de 183 centímetros onde uma borda quase desprovida de cor encerra grandes faixas. No centro, jaz um rosa claríssimo, ladeado por dois retângulos de azul ou roxo pálido. A brandura e delicada serenidade dessa obra expõe-se diante de nossos olhos sem que nada pareça acontecer. Mas é preciso ficarmos com Agnes Martin, como se perscrutássemos as águas de um lago, até que a pintura desabroche e floresça.

Em Dorothea Rockburne (1935 - ), há muito mais para aprender e reter. É uma artista muitíssimo intelectual, que frequentemente se inspira nos mestres anteriores ao século XIX, e combina vigorosa austeridade a grande percepção lírica. Algumas de suas obras mais maravilhosas foram executadas com óleo e com folheado de ouro (tal como faziam os iluminadores medievais) sobre linho preparado com gesso de maneira tradicional.

Em Capernaum Gate (Portão de Cafarnaum), com esses recursos simples, ela dobra, desdobra e cria majestade geométrica, usando o máximo esplendor dos tons saturados e fazendo-nos ver em sua obra algo de sacro e irônico.

Op Art



Defendia “menos expressão e mais visualização”. Ele brinca com a gente, impressão de movimento, vibrações, giros e por aí vai. São peças abstratas e usam mais o preto e branco, apesar de que eu acho que os coloridos dão uma sensação de “loucura” maior.

Victor Vasalery é conhecido com o pioneiro dessa arte, principalmente seu quadro chamado Zebra que foi feito na década de 30. O termo mesmo só surgiu na década de 60 na revista Time Magazine. Em 1965 teve a primeira exposição de Op Art, que recebeu o nome de The Responsive Eye.

Op Art na moda:
Foto retirada do Blog Comunicando Moda:

www.comunicandomoda.com



Foto retirada do Flickr de Jorge Bispo:http://flickr.com/photos/11075981@N05/1115386602

(lá tem fotos bem interessantes, ensaios e tudo mais, vale a pena conferir!)

Isso tudo inspira muuuuuuuito!

OPTICAL ART NA MODA


Outra manifestação de arte que influencia a moda da estação é o Op Art. A Op arte (Optical art) foi um movimento artístico que surgiu nosanos 1920.

Os círulos, espirais e quadrados são dispostos de forma a criar ilusão de ótica nos contrastes das cores preta e branca.

Foi Victor Vasarely na exposição Le Mouvement, em 1955, em Paris, quem deu reputação de arte a essa manifestação gráfica.

As estampas óticas entraram na moda como padronagem dos tecidos nos anos 1960, quando o confeccionista americano Larry Aldrich encomendou ao desenhista têxtil Julian Tomchin uma coleção de estamparia inspirada nas pinturas Op da inglesa Bridget Riley.

Fonte: Diário Catarinense. Ano 23 - Nº 8.188. 21 de Set. 2008. Suplemente Donna DC. artigo de Xico Gonçalves. pág. 16.

Ilustração: junção de duas imagens extraídas dos sites: dusty7s &johncoulthart ladeadas por obras da artista inglesa Bridget Riley.

A moda OP-ART


Proust mergulhou no mais fundo de sua memória ao mordiscar uma madalena, na hora do chá. As lembranças de momentos e fatos de sua infância despertadas por conta do sabor desse bolinho mergulhado no chá foram consagradas no magnífico Em busca do tempo perdido.
O que pode nos trazer de volta, nítido, vivo, o tempo que consideramos perdido “nas dobras do passado “ para mim continua sendo um mistério.
Ontem, li um e-mail de minha irmã a propósito da postagem Sandálias Japonesas (ela não deixa comentário no blog). Como o tema era reminiscências, ela me pergunta se não vou falar do dia em que foi instalada a primeira TV em nossa casa.
Como a madalena do Proust deu-se o “estalo”. Resisti a tarde inteira às interferências daquelas cenas da vida doméstica, na minha leitura de um policial de trama intrincada e instigante. A cada pausa que fazia, por uma ou outra razão (continuava chovendo), as imagens que estava decidida a afastar me invadiam.
No meio delas surgiu a lembrança de uma amiga que foi muito presente na minha vida naquela época e sua imagem me desviou para outros escaninhos da memória. Fiquei pensando no quanto ela era, na década de 60, naquela cidade do interior, tão antenada em moda, o quanto conhecia de música e de vida de artista. Assuntos que só chegavam a mim através dela. Não sei como tinha acesso as informações nem quais eram suas fontes.
Lembrei dela, chorando emocionada, assistindo uma parada de sucessos em que se apresentava um de seus ídolos (Márcio Greick) cantando. A televisão tinha imagem preto e branco e um som cheio de chiados. O seu vestido, em amarelo e preto, era da última moda: op art !
Fui pesquisar e, num primeiro momento, temi estar sendo traída pela memória. Teria existido mesmo esta moda op art?
Op art é um termo usado para descrever certos quadros feitos, principalmente na década de 1960, que exploram a falibilidade do olho pelo uso de ilusões óticas .Os trabalhos de op art são em geral abstratos e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se.
Nessa época, por influência da arte, os estampados mudaram: os vestidos obedeciam a linha Qp (da Op Art), com motivos geométicos. 0s temas gráficos substituíram as estampas de flores, frutas e listras dos anos anteriores, bem como a febre de bolinhas do início da década.
Fui além da moda para descobrir que as origens da op art são os trabalhos de Victor Vasarely, dos anos 30, tais como Zebra (1938), que é inteiramente composto por listas diagonais a preto e branco, curvadas de tal modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada, devem ser consideradas as primeiras obras de op art.

DÉCADA DE 60

Nos anos 60, a juventude exige uma inovação no modo de se vestir, desprezando a sociedade de consumo, adotando uma aparência mais simples e despojada.

O movimento hippie, com seu vestuário ecologicamente consciente e anti-conformista, exerceu uma influência indiscutível na moda. Tudo o que remetesse a uma época mais simples era apreciado. Isso explicou a retomada de técnicas artesanais, como o tricô, o crochê e o patchwork.

Nos primeiros anos da década de 60, as bolsas ainda eram em estilo carteira, recebendo motivos e padronagens decorativas em couro ou sintético. Algumas destas foram confeccionadas em tecido como o tweed e o tartan.

O bambu e o acrílico forma muito usados para a estrutura das bolsas.

Com o passar do tempo houve uma diversificação nos formatos das bolsas desde o mais artesanal até os mais sofisticados.

Os movimentos artísticos como o Op-Art (optical arte) e o Pop-Art (arte que usava objetos de consumo como tema), com o seu vocabulário formal geométrico, bem como o vocabulário formal de outras tendências artísticas, foram também adotadas pela moda.

As bolsas receberam todas as influências desses movimentos com estampas geométricas, imagens ou formas de objetos de consumo do cotidiano.

O movimento Flower Power, (poder das flores) um símbolo do direito à paz, promovido pelos hippies, revolucionou a moda dos anos 60, influenciado os designer na criação das bolsas.

No Brasil, a moda dos anos 60, apesar de ser influenciada pelos movimentos artístico e musical da Europa e EUA, é também dominada pelos conceitos de luxo dos ateliês de alta-costura.

As novas tendências são estudadas e previstas através das mudanças de comportamento, muito evidentes na década.

MODA FUTURISTA-DÉCADA DE 60

A moda futurista representava como que um contrapeso à moda hippie, que pregava a simplicidade. Numa época em que a ficção científica aparecia nos livros e filmes dos beatniks, e em que era preparada a primeira viagem a Lua, tentava-se introduzir na moda elementos de visão utópica e tecnológica. Essa moda influenciou os designer, principalmente os franceses, no desenvolvimento de peças de vestuário e acessórios com placas laminadas, e sintético prateado.

Identidade Brasileira na Moda – Anos 6049 comentários

Por Fashion Bubbles
Publicado em 11 Apr 2006 at 10:43am

Leia também Dicas para festa dos anos 50, 60 e 70 – decoração, roupas e fantasias e Como se vestir para uma festa dos anos 60.


Dener e a ex-primeira-dama Maria Teresa Goulart

A década de 60 começa em crise econômica, gerada pelo desenvolvimento rápido, sustentado através de grandes emissões de dinheiro e de empréstimos externos, o que desencadeou um processo inflacionário que levaria, somados a outros fatores, ao Golpe Militar de 1964.


Dener e a ex-primeira-dama Maria Teresa Goulart no Palácio das Laranjeiras (1963)

Fazem parte do panorama desta década o acelerado desenvolvimento tecnológico, sobretudo nos meios de comunicação. Mundialmente, segundo Gontijo, percebe-se uma internacionalização dos processos culturais e dos movimentos sociais, havendo uma busca por desarmamento, desenvolvimento e descolonização.



Rhodia Vestido de Alceu Pena, com estampa de Lula Cardoso Ayres.

No âmbito da moda, Alceu Penna teoriza em setembro de 60 sobre formas de emplacar definitivamente a moda brasileira:

Na estação em curso, a moda está se inspirando em trajes de Espanha, nas listras indianas e nas de Marrocos. Em grande evidência, o bordado Inglês. Ora, por que o bordado Inglês? E por que não o do Ceará? Por que Espanha, Índia, Marrocos e não o Brasil? Até onde uma linha de inspiração brasileira poderia influenciar a moda internacional? Uma linha de expressão brasileira? Teríamos que descobrir algo que fosse de atualidade e, ao mesmo tempo, adaptável às novíssimas tendências da moda. Algo como… café!’.

Para o célebre desenhista a nova coleção teria, portanto, as cores das sementes, flores e dos frutos do café em tons vermelho-escuro, verde-vegetal e marrom.nos estampados, estilizações deveriam sugerir moendas, cestos e peneiras, feitas por artistas como Ademir Martins, Volpi, Darcy Penteado, Heitor dos Prazeres, Milton Dacosta, Lívio Abramo, Maria Bonomi e tantos outros. Modelagem? Dener, Jacques Hein. Jóias, Burle Marx. Chapéus, Madame Rosita. ‘

E para divulgar essa linha’, prosseguia Alceu, ‘era necessário ocupar o coração da capital da moda, Paris. Manequins brasileiros fotografados pelas ruas parisienses, modelos da Linha Café destacando-se na paisagem típica da Cidade Luz… E haveria, depois, a volta para o Brasil. Numa cadeia de desfiles, de Brasília a Manaus, divulgando a fabulosa coleção de modelosautênticos franceses e dos grandes criadores brasileiros. Eis uma magnífica idéia promocional em favor da moda nacional’. O desfile realmente aconteceu (…) em Paris. Data e local que fizeram história: a partir de então, para aqueles pioneiros, era possível dizer que a moda nacional começava a existir no âmbito mundial.(…) Provando à sociedade francesa que o Brasil, além do petróleo, tem elegância também.” (Dória, 1998, p. 67-68)


Rhodia – Vestido com estampa de Manezinho Araújo, fabricado por Jardim Style.

Empresas como a Rhodia, na divulgação de seus produtos, realizava magníficos desfiles de moda coordenados por Lívio Ragan que reunia os maiores artistas brasileiros:

“O pretexto dos shows tipo ‘Brazilian Style’ era ‘promover a alta costura nacional’, dando espaço de desfile a uma série de jovens costureiros aspirantes a criadores. Como também se impunha desenvolver a estamparia, ela contratou artistas plásticos para conceber motivos ‘bem brasileiros’.(…) Para reforçar ainda mais a ilusão de ‘inspiração nacional’ da alta costura então nascente , a Rhodia fez viajar pelo Brasil costureiros, manequins e coleções, de modo a autenticar sua ‘brasilidade’ em sítios celebrados como símbolos da nacionalidade , como Salvador, Ouro Preto e Brasília.” (Durand, 1988 p. 79).

“A cada ano (…) viajava para Paris e Milão apenas para copiar o que então era moda. Trazia cores, padronagem, estilo. Depois, fazia adaptações, criando a coleção com alma nacional.” (Dória, 1998, p. 60)


Garotas do Alceu

No final da década acontece, na música, o movimento tropicalista, inspirado na Antropofagia dos anos 20, onde o conceito de devorar a cultura estrangeira se associa com a absorção das novas tecnologias.


Movimento tropicalista


(Este é um trecho do relatório final da pesquisa Moda e Identidade Brasileira, feito por Denise Pitta de Almeida, 2003, Faculdade de Moda da UNIP)

Leia também Dicas para festa dos anos 50, 60 e 70 – decoração, roupas e fantasias e Como se vestir para uma festa dos anos 60.

Em relação ao material dos anos 60, vocês podem entrar no site Moda Almanaque que tem muita coisa interessante: http://almanaque.folha.uol.com.br/anos60.htm

O que usar em festas dos anos 60

E no site Vintage Textile :
http://vintagetextile.com/gallery_1930s_50s.htm

Tem uma galeria com roupas originais de várias épocas.

Leia e veja mais sobre os anos 60 aqui e aqui.

Anos 60 – Exposicao no Victoria & Albert Museum

Leia Mais: